quarta-feira, 28 de maio de 2014






  ::: 5o. ENCONTRO NACIONAL DE TRANÇADEIRAS :::    

08/06 (Domingo)

Jundiaí é sede do maior encontro de trançadeiras do Brasil, o TRANÇANDO ARTE BRASIL que além de reunir e levar conhecimento para os profissionais da área é também uma das grandes ações de preservação de uma das tradições mais antigas trazidas de África, as tranças.

Venha participar dessa festa em torno desse Patrimônio Cultural Imaterial que é sinônimo de fortalecimento da auto-estima do provo brasileiro. 


Trançando Arte é troca de experiência!

É valorização de tradições ancestrais!
É reconhecimento dos profissionais!


Apresentações: 

:: Desfile de tranças

:: Shows diversos
:: Comidas tipicas
:: Feira de artesanato
:: Show de Margarete Menezes às 20:00h

Dia: 08 de Junho 2014
Local: Parque da Uva - Jundiaí
À partir das 9:00h
Entrada Gratuita

INSCRIÇÕES TRANÇADEIRAS:
(11) 4596-2729

INFORMAÇÕES:
(11) 4589-8450 ou www.jundiai.sp.gov.br


* vídeo do evento edição ano 2013









segunda-feira, 26 de maio de 2014

::: FEIJOADA COM OS AMIGOS - 2014



   FEIJOADA COM OS AMIGOS (MÃE DANGO)   


::: 14 DE JUNHO

Neste dia, como todo ano, acontecerá a tradicional "FEIJOADA COM OS AMIGOS", edição 2014, da Casa do Arco Íris de Mãe Dango. 

Os convites já estão a venda. Lembrando que dará direito à Feijoada, Couve refogada, Arroz, Farofa e Laranja.

O kit poderá ser retirado no local à partir das 10:00h ou consulte a possibilidade de entrega.



Valor: R$ 20,00

Local retirada: Rua Sérgio Sidnei de Souza, 56 - Vl Inema - Hortolândia - SP

Fones: (19) 9.9766-8922/ (19) 3809-1608






sexta-feira, 23 de maio de 2014

::: Exposição PUC - CAMPINAS



  EXPOSIÇÃO PUC - CAMPINAS  
"Ressignificações da Cultura Afro-Brasileira



O Museu Universitário da PUC-Campinas apresenta a exposição “Ressignificações da Cultura Afro-Brasileira”, em comemoração à 12ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS. 

A exposição estará disponível até o dia 12 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, no Museu Universitário que está localizado no Campus Central (Rua Marechal Deodoro, 1099 – Centro). A exposição museológica traz objetos tradicionais da cultura afro-brasileira, oriundos do acervo do Instituto Ibaô de Campinas. 


Ao todo, são apresentadas cerca de 100 peças como instrumentos musicais, vestimentas tradicionais e imagens religiosas. O objetivo da exposição é apresentar ao visitante o universo da cultura afro-brasileira nos dias atuais, seus significados e as razões de existir, deixando de lado o senso comum atribuído a esta tradição. 


A visita ao Museu Universitário é gratuita e pode realizada individualmente ou em grupo. Se o visitante desejar o acompanhamento de monitor para obter mais informações sobre a exposição, é preciso fazer o agendamento pelo telefone (19) 3735-5898 ou email museu@puc-campinas.edu.br.


MUSEU UNIVERSITÁRIO
Exposição até 12 de Dezembro 2014
Seg a Sex das 9:00 as 22:00h




::: Semana da África e Diáspora UNICAMP


  SEMANA DA ÁFRICA E DIÁSPORA UNICAMP   
FICAFRO


A UNICAMP está promovendo uma semana com a temática "ÁFRICA", de 26 a 30 de Maio, na Casa do Lago, onde estão programadas oficinas, mesas de debates, músicas, comidas, apresentações de trabalhos e palestras,como segue programação abaixo.

 SEGUNDA FEIRA – DIA 26 DE MAIO 
12 h – Abertura - Lançamento do Livro “Uma Marqueza entre as Domésticas” 
13h - Lançamento do FICAFRO - Fórum de Integração de Cultura Afro Brasileira 
14h - Samba das Mina 16h e 18h – Filme sobre a Temática Étnico Racial 

 TERÇA FEIRA – DIA 27 DE MAIO 
12h - Trajetória dos professores negros na Unicamp:
Prof. Dr. Everardo Carneiro
Profa. Dra. Lucilene Reginaldo
14h - Apresentações de trabalhos com a temática racial
14h - Miguel Joaquim Justino Muhale 
Lutar Criar Poder Popular: Uma Perspectiva etnográfica do bloco de lutas pelo transporte publico no RS.
14h30 - Anselma Garcia de Sales 
As relações dialógicas entre tempo e espaço: Um estudo da trilogia do Cairo, de Nagib Mahfuz.
15h - Prof. Dr. Francisco Hideo Aoki
Cooperação Acadêmica Brasil –África - Desafios da Extensão Universitária
15h30 - Maíra da Silva
Chumbo e zinco em solos cultivados com mandioca no Bairro Martins e na Comunidade Quilombola Ivaporunduva - Vale do Ribeira - SP
16h – Debate sobre os trabalhos
16h e 18h – Filme sobre a Temática Étnico Racial
19h30 – Oficina - Samba no pé - Prof Henrique Carioca

 QUARTA-FEIRA – DIA 28 DE MAIO 
14h - Continente africano: breve panorama histórico, politico, econômico e cultural.
Deolindo de Barros
16h e 18h – Filme sobre a Temática Étnico Racial

 QUINTA-FEIRA – DIA 29 DE MAIO 
14h - Apresentações de trabalhos com a temática racial
14h - Daniela Caetano
A Francofonia na África e na Diáspora
14h30 - Daniele Motta
Raça e Classe - O pensamento de Florestan Fernandes
15h - Giverade Alves do Amaral (Moçambique)
O Processo de Institucionalização da Questão Ambiental em Moçambique
15h30 - Josaphat Desbas
Um Haiti que você não conhece
16h e 18h – Filme sobre a Temática Étnico Racial
19h – Oficina - Roda de conversa sobre mulheres negras
Anselma Sales
Célia Zenaíde

 SEXTA-FEIRA – DIA 30 DE MAIO 
12h - Ações afirmativas na Unicamp
Núcleo Consciência Negra da Unicamp
Kiko (GT)
14h - Oficina - A africaniedade cultural das casas de candomblé
Claúdia Arruda
15h30 – Oficina - Dança Afro
Renata Oliveira
16h e 18h – Filme sobre a Temática Étnico Racial
18h - Kizomba de Encerramento – A combinar.


terça-feira, 20 de maio de 2014

::: 4o.Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais





::: 4o.Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas :::
A Medicina Indígena e do Candomblé



As tradições afro-amerindias ganharam espaço no debate científico sobre equilíbrio e saúde.

A integração entre corpo e mente que hoje os profissionais de saúde pesquisam com o objetivo de prevenir e e tratar desequilíbrios é inerente às tradições da medicina popular. Convidados a discutir como essas práticas dialogam hoje com ciência, representantes da umbanda, candomblé e da medicina praticada pelos pajés trouxeram seus saberes para o 4º Simpósio Internacional de Medicinas Tradicionais e Práticas Contemplativas, realizado pela Universidade Federal de São Paulo e Associação Palas Athena. 


“Na cultura indígena, não podemos dissociar as tradições de religião e medicina. Não é só a prática que é integrativa, a concepção desses saberes também são”, afirma a antropóloga Lúcia Helena Rangel. “Saúde é um estado de bem-estar físico, psíquico e mental, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde. Nós, dentro da tradição afro-brasileira, dizemos que saúde é a harmonia do espírito", diz o médico Bruno Barbosa, membro da Faculdade de Teologia Umbandista. "Se o espírito está em harmonia, o corpo físico também está.” 


O pajé Kaká Werá, em sua convivência com índios guaranis, explica que nessa tradição "todo o princípio de cura não é fragmentado da espiritualidade". Até hoje, em qualquer comunidade guarani há um espaço chamado de opã, a casa de reza. "O local onde acontece a cura é o mesmo onde ocorrem os encontros sagrados, os batismos, as preces, os ritos de passagem."




"Os ricos estão com depressão porque o dinheiro não trata a dor e os pobres têm problema de banzo porque não têm o que comer. Criamos um mundo de disputas e dele a medicina não dá conta sozinha"
A ligação entre o corpo e o espírito foi destacado também por Mãe Dango, sacerdotisa de um templo de candomblé angola e ativista da liberdade religiosa no Brasil. “Se nós não tratarmos da alma, compreendendo o que é a chamada fitoterapia espiritual, se a medicina não sair do caminho da racionalidade, do cumprimento do dever, se ela não tomar de volta esses notórios saberes, discutindo um pouco o fato de que o câncer é criado pela dor da alma, no futuro estaremos ainda mais doentes." 


  Axé para todos  


"Nas religiões afro-brasileiras, quando queremos desejar força, saúde, paz e vitalidade, desejamos axé", explica Barreto. O sacerdote explica que os banhos de folha e tudo que é feito das religiões afro-brasileiras são feitos de maneira sacralizada e ritmada. "Até pra se colher uma folha há uma metodologia que pode começar com uma simples defumação, queimando uma erva seca e essa simples queima de uma erva faz mexer na energia de elementos como fogo, ar e terra", completa.
A mãe de santo explicou também sobre a necessidade de haver no mundo, pessoas que querem discutir o que é corpo e alma, livre de preconceitos e abertos à diversidade.


  Somos luz  


A dança é fundamental no processo de cura da tradição guarani, explica Kaká Werá. " A dança nos devolve a saúde, a harmonia, no nosso caso, a dança semicircular". Ele esclarece a dificuldade que existe para que as pessoas entendam essa medicina do ponto de vista meterial. "Não se pode entender como essas ferramentas curam com o olhar material porque essa tradição parte da ideia de que somos espíritos, e não matéria. Acreditamos que antes de sermos presença física dentro de uma forma, somos uma essência sutil, intangível e luminosa." 

"Para uma sociedade acostumada a acessar as informações em documentos, é preciso saber que essas práticas não são superiores nem inferiores à medicina como conhecemos hoje". A tradição guarani e suas práticas medicinais possuem cerca de 12 mil anos de existência. "A diferença é que esses conhecimentos não foram escritos." 



  Fé  e ciência na mesma sintonia  

"Durante muito tempo os costumes e tradições africanos e indígenas foram marginalizados, por isso é fundamental propagar as ideias e discussões", salienta Bruno Barbosa. "Precisamos deixar de encarar a ciência como algo ortodoxo ante a espiritualidade, pois não são coisas opostas, são complementares", finaliza.



Fonte e mais sobre o simpósio acesse: 




segunda-feira, 19 de maio de 2014

::: Tabuleiro Tat'etu Kafungê/ Tat'etu Kafundeji






"TABULEIRO TAT'ETU KAFUNGÊ/
TAT'ETU KAFUNDEJI"

Kaviungo mateba kukala kuíza!
(O Pai da ráfia está chegando, eu te saúdo!)
Kiuá Nsumbo! Pembele!



A Nzo Musambu Hongolo Menha, convida os filhos e amigos a participarem do Tabuleiro de Pai Kafungê/Kafundeji a realizar-se,  

Dia.........: 31/ Maio / 2014
Início......: 19 horas
Endereço: Rua Sérgio Sidney de Souza, 56 - Vila Inema - Hortolândia

Contamos com sua presença!


Moxi Kione Kandandu o Onso!
(Um grande abraço a todos!)






quinta-feira, 8 de maio de 2014

::: Curta metragem "O Tempo dos Orixás" em Cannes

Por Shirlene Marques


Em minhas buscas por boas pautas, no mar do Facebook, deparei-me com uma imagem e frase que me chamaram a atenção e que poderia ser pauta para o blog: Uma idosa e uma menina negra vestidas com os trajes usados no Candomblé, religião afro-brasileira que cultua os orixás. 

Inserida na imagem estava a informação de que o filme “The Summer of Gods” era um dos selecionados para ser exibido no maior Festival de cinema mundial, o Festival de Cannes, que será realizado entre os dias entre os dias 14 e 25 de maio de 2014, na França. Porém, parecia ser obra produzida por estrangeiro e o foco do meu trabalho é garimpar a produção das nossas negras e negros.

Fiquei cheia de perguntas e nada encontrava na mídia brasileira sobre tal filme. Informações oficiais da obra estavam em inglês e isto me deixou curiosa. Mas encontrei um caminho que decifrava: o filme era dirigido por uma negra brasileira de nome Eliciana Nascimento. Mas havia muito a ser descoberto. Missão conseguida com o apoio de outra cineasta negra brasileira, Viviane Ferreira, que também terá o seu filme O Dia de Jerusa exibido em Cannes. Ela fez a ponte para a realização desta entrevista com Eliciana, que me respondeu por e-mail, de San Francisco (EUA). A cineasta nos traz respostas que vão além dos quesitos técnicos, traduzindo a força de um filme que foi concretizado graças a uma campanha para arrecadar fundos.

Por dentro do The Summer of Gods

Quando se fala de Cannes, nós fazemos a conexão de que naquele espaço estarão reunidos poucos filmes, porém detentores de aspectos que o dignificaram para tal seleção. Seleção ora para a mostra competitiva, ora para exibição dentro da programação do Cannes Curta Metragem. 

Estar naquele espaço mostrando um filme, é digno de louvor. E, mais digno ainda, quando se descobre que um dos filmes selecionados para o “Short Film Corner”, o curta “The Summer of Gods” foi pensado e dirigido por uma mulher negra, brasileira, baiana, filha de um pai pedreiro e de uma mãe doméstica, a cineasta Eliciana Nascimento. 

O curta nasceu como projeto de conclusão de mestrado em cinema pela San Francisco State University, na Califórnia (EUA), por este motivo o título está em inglês, mas terá tradução para “O Tempo dos Orixás”.  Tudo começou quando ela fez uma atividade em classe sobre o resgate da memória: “ Relembrei o tempo que visitava a minha vó no interior da Bahia, onde naquele tempo e espaço fui  introduzida na tradição dos Orixás. O filme retrata minha experiência de infância; revela as memórias de minha mãe e descortina minha própria experiência de ser iniciada ao culto dos Orixás, depois de adulta”.

Para obter uma maior realidade ao roteiro, a meta da cineasta era fazer a gravação no Bahia. Mas Eliciana, então estudante, não tinha dinheiro para arcar com tal projeto.  “Resolvi fazer uma campanha online para buscar ajuda de amigos e familiares através do site Kickstarter. Embora tenha investido no filme, mais do que solicitei, a campanha foi um sucesso e pude contar com ajuda de 200 pessoas de várias partes do mundo. Fiz um vídeo com um brief sobre o filme e tive a participação de alguns dos meus professores de cinema. Além deles, o ator e ativista Danny Glover participou da campanha voluntariamente para me ajudar a buscar recursos”, explicou a cineasta.

Poucos dias

Com os recursos obtidos, Eliciana produziu o curta em 30 dias e em apenas uma semana captou as imagens na Bahia, exatamente no local que originaram as inspirações para o roteiro. “ Cerca de 90% do filme foi gravado em Ituberá, Bahia e redondezas da Costa do Dendê, que foi a cidade onde minha mãe nasceu e onde os meus ancestrais se originaram. Foi lá onde a minha vó morava em um quilombo e onde aprendi sobre o culto aos orixás”, detalhou Eliciana. Apenas uma cena foi gravada em Salvador (Bahia), a que simboliza a iniciação, pois os recursos não foram suficientes para levar o grupo de atores até o interior.   

No quesito equipe, Eliciana optou por poucos profissionais. Foram cinco na Bahia, durante a produção e seis no processo de pós-produção, que foi realizado nos Estados Unidos.  Para compor o elenco, a diretora contou com oito atores principais como a pequena Isabela Santos (Lili ) e Rosalinda Santos (Vó). O curta conta com a participação de 45 pessoas oriundas de grupos religiosos, bailarinos, músicos e habitantes do quilombo Riachão. 

Com quatro meses utilizados para finalização, The Summer of Gods ficou pronto para seguir a caminhada que começa em Cannes, na França. Fiz uma pergunta para Eliciana sobre toda a representatividade deste fato para ela. Irei quebrar as regras do jornalismo e copiar a sua “longa” resposta. Ela vai além da técnica:

“Ter o meu filme na programação de curtas de Cannes significa muito para mim. Eu sempre sonhei grande, sempre pensei grande e sempre quis ser grande, mas nunca sabia aonde minha mania de grandeza iria me levar. Graças aos meus orixás, ao meu respeito e dedicação que tenho a minha tradição fui concebida essa oportunidade. Tá sendo muito difícil para eu conseguir recursos para ir para Cannes. Já esgotei os meus recursos, acabei de me graduar e ainda estou tentando me estabilizar depois do gasto em produzir o filme. Mas farei o que puder para atender o Festival, pois essa é uma oportunidade única. Não é todo dia que uma mulher negra da periferia de Salvador, que cresceu em escola pública, filha de empregada doméstica e pedreiro que tem a chance de ir para Cannes com um filme escrito, produzido e dirigido por ela. Então tenho que ir para representar todas as meninas do meu bairro. Desejo que elas cresçam com essa ambição e aspiração de uma história melhor para nós mulheres negras. Com muita fé e axé chegarei lá”. Esta é Eliciana Nascimento.

** Confira:

- The Summer of Gods em Cannes 2014:

http://sub.festival-cannes.fr/SfcCatalogue/MovieDetail/96126605-8083-48d5-99a4-63bf557dba15

- Site oficial do filme:

- Fonte: 
Blog Postagens negras - http://postagensnegras.blogspot.de/2014/05/os-orixas-na-infancia-em-cannes-2014.html?spref=fb